Você já se sentiu apenas mais um?
Você já se sentiu confuso?
Você já se perguntou o “porque” de muitas
coisas?
Você já? Alguma vez?
Você?
--->Eu já passei pelas perguntas acima e de
vez e outra ainda passo. Houve um tempo em que eu tinha mais certeza das
coisas, mais certeza sobre a vida, sobre o dia a dia, sobre mim. Nesse tempo eu
tinha mais certeza que no tempo antes desse tempo e no tempo depois desse tempo.
Às vezes é estranho quando paro e vejo o
tempo que já passou, tanta coisa mudou, tantas pessoas que se foram, tantas que
vieram, tantos sonhos conquistados, tantos sonhos abandonados, tantos sorrisos,
poucas lágrimas, poucos sorrisos, tantas lágrimas, abraços e carinhos, amor e
fé e amizade e futuro.
No tempo em que tinha mais certeza das
coisas, eu acreditava que eu estava aqui devido a um propósito, uma missão de
fato, porém o tempo passou e eu não consegui manter meus pés firmes no chão,
tentei voar mesmo sem ter asas. Esse tempo passou, dias, semanas, horas, meses,
minutos, anos.
Percebo no agora que essa certeza está
voltando aos poucos, só que desta vez tenho que ser mais cauteloso, mais
atencioso, mais determinado. É estranho como as coisas mudam de repente e de
repente elas mudam outra vez e outra vez mudam. Se eu tivesse a certeza que
tinha há um tempo atrás, isso pra mim já não seria estranho. Acho que preciso
deixar o amor fluir mais, só que com cautela, acho que preciso abraçar mais, só
que com carinho, acho que preciso falar mais, só que com sabedoria.
Às vezes sinto que por mais grandioso que
seja o amor que há dentro de si, parece que não vale a pena fazer alguns sacrifícios
pelos outros (ainda bem que isso só sinto às vezes), (pois mesmo não tendo
certeza de muitas coisas, eu sei que lá no fundo vale muito a pena). Talvez eu
precise amar o próximo como a mim mesmo, ou então, amar a mim mesmo como amo o próximo.
Na verdade eu já sei muito bem o que tenho
que fazer, só não sei quando e como ( se é que de fato precisa-se de um momento
e um motivo). E no meio de tantas coisas que vem em minha mente, no meio de
tantas in(certezas), tantos “talvez”, tantos “as vezes”, tantos “acho”, pode
ser que eu precise apenas de um abraço, um abraço inesperado que me faça rir,
um abraço de alguém inesperado (desconhecido talvez?!), um abraço com carinho e
leveza, não um abraço bem apertado e também não um de qualquer jeito, mas um
abraço de verdade, suave, de coração, um abraço de alguém que não saiba nem
mesmo o porque que quis me abraçar.
Um abraço carinhoso e inesperado floresce o
sorriso da alma.
Às vezes, paro, observo o nada e começo a
olhar o passado, e vendo que de tantas artes que eu já fiz, hoje não sou nenhum
artista. Parece que a única coisa que restou aqui dentro é a esperança de ser
feliz (algo que de certo ponto já o sou, apenas não sei exercer tal
gratificação). Esperança de um dia conseguir montar o quebra-cabeça (e eu já
sei como consegui as peças e também já sei que peças são essas) (e pra monta-lo
eu sei que preciso voltar no tempo da certeza).
E você, já passou pelo tempo da certeza?
Você sabe o que é o tempo da certeza?
Você ainda se sente diferente?
Você ainda se sente apenas mais um?
Você ainda se pergunta o “porque” das
coisas?
Você já amou o próximo como a si mesmo?
Você já?
Você?
Houve
um tempo e ainda há!
Eu só preciso de um abraço ou um tapa na
cara!..”
(Gabriel M.)
--->Obs: na verdade até tinha um poquinho de café, só que já estava gelado! ;)
E óh, se ainda não assistiram, assitam o filme "Café com Amor"
Abraços e carinhos!!! *_*