sexta-feira, 22 de março de 2013

Leite com achocolatado! (ou "Sem café")



“ ...Você já se sentiu diferente?                             
    Você já se sentiu apenas mais um?
    Você já se sentiu confuso?
    Você já se perguntou o “porque” de muitas coisas?
    Você já? Alguma vez?
    Você?
  
 --->Eu já passei pelas perguntas acima e de vez e outra ainda passo. Houve um tempo em que eu tinha mais certeza das coisas, mais certeza sobre a vida, sobre o dia a dia, sobre mim. Nesse tempo eu tinha mais certeza que no tempo antes desse tempo e no tempo depois desse tempo.
   Às vezes é estranho quando paro e vejo o tempo que já passou, tanta coisa mudou, tantas pessoas que se foram, tantas que vieram, tantos sonhos conquistados, tantos sonhos abandonados, tantos sorrisos, poucas lágrimas, poucos sorrisos, tantas lágrimas, abraços e carinhos, amor e fé e amizade e futuro.
  
    No tempo em que tinha mais certeza das coisas, eu acreditava que eu estava aqui devido a um propósito, uma missão de fato, porém o tempo passou e eu não consegui manter meus pés firmes no chão, tentei voar mesmo sem ter asas. Esse tempo passou, dias, semanas, horas, meses, minutos, anos.
   Percebo no agora que essa certeza está voltando aos poucos, só que desta vez tenho que ser mais cauteloso, mais atencioso, mais determinado. É estranho como as coisas mudam de repente e de repente elas mudam outra vez e outra vez mudam. Se eu tivesse a certeza que tinha há um tempo atrás, isso pra mim já não seria estranho. Acho que preciso deixar o amor fluir mais, só que com cautela, acho que preciso abraçar mais, só que com carinho, acho que preciso falar mais, só que com sabedoria.
   Às vezes sinto que por mais grandioso que seja o amor que há dentro de si, parece que não vale a pena fazer alguns sacrifícios pelos outros (ainda bem que isso só sinto às vezes), (pois mesmo não tendo certeza de muitas coisas, eu sei que lá no fundo vale muito a pena). Talvez eu precise amar o próximo como a mim mesmo, ou então, amar a mim mesmo como amo o próximo.
   Na verdade eu já sei muito bem o que tenho que fazer, só não sei quando e como ( se é que de fato precisa-se de um momento e um motivo). E no meio de tantas coisas que vem em minha mente, no meio de tantas in(certezas), tantos “talvez”, tantos “as vezes”, tantos “acho”, pode ser que eu precise apenas de um abraço, um abraço inesperado que me faça rir, um abraço de alguém inesperado (desconhecido talvez?!), um abraço com carinho e leveza, não um abraço bem apertado e também não um de qualquer jeito, mas um abraço de verdade, suave, de coração, um abraço de alguém que não saiba nem mesmo o porque que quis me abraçar.
   Um abraço carinhoso e inesperado floresce o sorriso da alma.
Às vezes, paro, observo o nada e começo a olhar o passado, e vendo que de tantas artes que eu já fiz, hoje não sou nenhum artista. Parece que a única coisa que restou aqui dentro é a esperança de ser feliz (algo que de certo ponto já o sou, apenas não sei exercer tal gratificação). Esperança de um dia conseguir montar o quebra-cabeça (e eu já sei como consegui as peças e também já sei que peças são essas) (e pra monta-lo eu sei que preciso voltar no tempo da certeza).
  E você, já passou pelo tempo da certeza?
 Você sabe o que é o tempo da certeza?
 Você ainda se sente diferente?
 Você ainda se sente apenas mais um?
Você ainda se pergunta o “porque” das   coisas?
   Você já amou o próximo como a si mesmo?
   Você já?
   Você?

  Houve um tempo em que eu tinha certeza das coisas.
  Houve um tempo e ainda há!
  Eu só preciso de um abraço ou um tapa na cara!..” 

  

                          (Gabriel M.)   






--->Obs: na verdade até tinha um poquinho de café, só que já estava gelado! ;)
E óh, se ainda não assistiram, assitam o filme "Café com Amor" 
     Abraços e carinhos!!! *_*

segunda-feira, 18 de março de 2013

A minha pessoa!



“...Eu voltei a ser eu mesmo
    Voltei a ser o eu que eu era quando eu era um eu que não era eu
    Quando eu era um eu que não era eu, o eu que era eu me esqueceu
    Com o tempo o eu que era eu cresceu e quis voltar a ser o eu que era eu
    Para que o eu que era eu pudesse voltar a ser eu, um eu que era eu tinha que deixar de ser eu
    E deixando de ser eu, um eu que era eu morreu
    Assim o eu que era eu floresceu e voltei a ser o eu que era eu depois que um eu que era eu morreu para que o eu que era eu pudesse voltar a ser o eu que era eu
    Eu voltei a ser eu
    Voltei a ser eu mesmo    
    A ser eu
    Voltei
    Mesmo
    Eu...” 

   (Gabriel M.)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Mesma Mesmice Mesmo



“...estou na mesma, na mesma mesmo, na mesma mesmice
   Parei pra ver e percebi que estou no mesmo lugar
   Dei voltas, voltas e voltas, e continuo na mesma
   Estou na mesma, na mesma mesmo, na mesmice mesma
   Pensei que tivesse noutros caminhos, novos horizontes
   Abri minhas asas e pensei que estivesse voando
   Estou na mesma, na mesma mesmo, na mesmice mesmo
   Estava em constante movimento, sentia que estava
   Mas percebi que não fui a lugar algum
   Estou na mesma, na mesmice mesma, na mesma mesmo
   E eu me sentindo assim, vejo que não adianta correr
   Fui indo, indo, indo e no final acabei na mesma
   Estou na mesma, na mesma mesmice, na mesmice mesma
   Depois de tantas voltas, tantas idas, tantos voos
   Parei e sentei, pois vi que não mudou nada
   Fiquei na mesma, na mesma, na mesma mesmice mesmo...”

   (Gabriel M.)